quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Falta de sono pode cumprir papel no desenvolvimento da doença de Alzheimer


Estudo realizado por cientistas norte-americanos com ratos sugere que a falta de sono pode aumentar o risco de desenvolver a doença de Alzheimer. Publicados na revista científica Science, os resultados mostraram um aumento nos níveis de amilóide no cérebro – cuja acumulação é associada à doença – quando os roedores estavam acordados e uma queda enquanto dormiam, indicando que o sono cumpriria um papel no desenvolvimento da condição.


Os investigadores avaliaram os níveis de amilóide-beta em ratos geneticamente modificados para desenvolver uma versão da doença de Alzheimer. Ao injectarem orexina – um composto que regula o sono – no cérebro das cobaias, os cientistas observaram que elas ficavam acordadas por mais tempo, e os níveis de amilóide aumentavam. Por outro lado, o bloqueio do composto foi associado a uma queda nos níveis da proteína ligada à doença.


Apesar de décadas de estudo, ainda não há armas eficazes contra a doença neurodegenerativa, que afectará cerca de 35 milhões de pessoas no mundo em 2010. Por isso, apesar de mais estudos serem necessários para confirmação, os investigadores estão animados com a possibilidade de que fármacos que afectem a orexina sejam úteis como tratamento da doença de Alzheimer. De acordo com os autores, o estudo também reforça a necessidade de se tratar os distúrbios de sono, não apenas porque causam problemas imediatos, mas também pelos seus impactos em longo prazo para a saúde do cérebro.
08 de Outubro de 2009

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